segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

CP suprime alternativas rodoviárias ao Ramal da Figueira da Foz



Empresa justifica com decisão de não reactivar a ligação ferroviária, deixando a iniciativa aos operadores rodoviários locais
A CP – Caminhos de Ferro Portugueses anunciou que, a partir de dia 1 de Janeiro de 2012, deixará de garantir os transportes rodoviários alternativos no Ramal da Figueira da Foz, que mantinha desde que aquela linha, que liga a Figueira à Pampilhosa, foi desactivada para a realização de obras. O ramal, que passa também pelos concelhos de Cantanhede e Montemor-o-Velho, foi desactivado, tendo em vista uma empreitada de beneficiação. Foram também retirados os carris, com a justificação de que assim se evitariam furtos, mas, no recente Plano Estratégico para o sector dos transportes ficou confirmada a decisão de suspensão do processo de reactivação.

Mais um duro golpe nas populações da zona perpetrado pela administração da CP formada por gente manifestamente incapaz e manifestamente capaz de tudo e pelo governo de direita mais papista que a Troika lacaio do feitor alemão.

As populações da zona, saberão dar a divida resposta a mais este benefício impingido por quem tem carros topo de gama pagos por todos nós e não sente os benefícios da sua desgovernação.

Como desde sempre apoiamos esta luta, porque os transportes servem o povo e não as empresas privadas onde muitos dos que tentam encerrar linhas e ramais têm ou sonham ter interesses.

Eles tiram “gorduras nos nossos transportes, mas os boys gordos que administram as empresas continuam no mesmo número e com aumento benefícios. A tradição já é o que era e Roma paga principescamente aos traidores.

É tempo de sair à rua e gritar. Não será nos restringindo-nos à “indignação”, como parece ser de bom-tom fazer hoje em dia, que se fará com que as coisas mudem. A indignação que não desagua na acção concreta é apenas uma maneira cómoda de ficar em paz com a nossa consciência. Apenas a intervenção resoluta das classes populares e das classes médias na batalha pode dar à “indignação” que suscitam as práticas das multinacionais, ou pura e simplesmente ao ressentimento anti-bancário, a base social que ainda lhe falta – quer a acção a levar a cabo se situe aquém ou para lá dos limites da legalidade burguesa.




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