terça-feira, 28 de agosto de 2012

METRO MONDEGO

Ontem, Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo levaram mais um murro no estômago e desta feita com a ajuda de gente que devia lutar pela região e deixar de lado a subserviência partidária. Com efeito, as aspirações dos presidentes dos municípios de Miranda do Corvo (PSD) e Lousã (PS) no sentido de se conferir prioridade à irreversibilidade da ferrovia no SMM - Sistema de Mobilidade do Mondego (Metro) - foram «chumbadas» pelo coordenador de um grupo de trabalho incumbido de proceder à reprogramação do projecto. O coordenador, Carlos Encarnação (anterior presidente de Câmara Municipal de Coimbra - CMC), teve a votar com ele os representantes da CP e Refer, pequenas accionistas da sociedade Metro Mondego (MM), bem como os representantes da Ferbritas e Ferconsult. Os líderes dos municípios lousanense e mirandense, Luís Antunes e Fátima Ramos, respectivamente, votaram contra o relatório produzido pelo referido grupo de trabalho; o actual presidente da CMC, João Paulo Barbosa de Melo, aprovou as conclusões, embora se tenha abstido numa votação (parcelar) atinente ao investimento, a curto prazo, de 15 milhões de euros provenientes do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Encarnação levou assim por diante o seu propósito de atribuir prioridade à construção, em Ceira, do Parque de Máquinas e Oficinas (PMO) e à realização de trabalhos na ponte da Portela. De uma comissão feita por encomenda, não podíamos esperar outra coisa que não fossem manobras para adiar a obra. Sempre defendemos que, neste particular, em primeiro lugar estavam as obras para recolocar os carris no Ramal da Lousã e depois a conclusão de todo o projecto do MM. Entendeu a comissão começar as obras pelo telhado, para melhor servir os interesses de um governo que não aposta na ferrovia. Não podemos concordar com esta afronta e com a traição de Calos Encarnação e da Câmara Municipal de Coimbra. Apelamos assim para que todos os nacionalistas, bem como o povo das zonas servidas pelo Ramal, marquem presença na terça-feira dia 4, às 21h, no Centro Social Comunitário de Miranda do Corvo, onde se realiza uma reunião do Movimento Cívico Lousã Miranda para analisar as deliberações da comissão presidida por Carlos Encarnação e definir acções futuras do Movimento.

domingo, 19 de agosto de 2012

Do Presidente do PNR aos Nacionalistas | Agosto de 2012

Podem existir verdadeiros laços de amizade entre pessoas que lutam na mesma trincheira? Claro que sim! Mas estes não podem ser a medida dessa ligação nem ser confundidos os âmbitos das suas realidades que são totalmente distintas!

As amizades escolhem-se e forjam-se na esfera particular e individual de cada pessoa, mas os camaradas de luta não se escolhem! Assim como não se escolhem os vizinhos ou os colegas de estudo ou emprego, também não se escolhem as pessoas que nos acompanham no combate, seja em que circunstância e posição for.

Como em tudo na vida, temos que hierarquizar objectivos e aplicar os meios necessários à concretização dos mesmos, sabendo colocar as coisas no seu devido lugar. Não se deve, por isso, misturar assuntos de diferentes âmbitos e patamares nos tais objectivos ou nos meios para os alcançar, antes, temos que ter plena consciência da hierarquia e importância de cada coisa e de quais as prioridades.

No caso concreto do combate político, da vida partidária e do activismo militante, como em outras realidades, temos que saber muito bem separar as águas entre as múltiplas facetas desta vivência: temos que compreender que o que nos move é a ideologia e o crescimento do nacionalismo! não se podem confundir os meios com os fins e vice-versa, colocando tudo no mesmo saco e no mesmo grau de importância, já que isso apenas gera promiscuidade e provoca dano.

Torna-se particularmente necessário saber destrinçar entre o combate por um objectivo que todos almejamos e que temos como comum, dos agentes que trabalham por esse mesmo fim se, de facto, aquilo que nos move é o caminho do crescimento e da vitória.

Assim como união e unidade são diferentes, sendo que a primeira, no âmbito da luta política não se deve equacionar, também a amizade e a camaradagem são diferentes, e a primeira não pode nem deve ser o tom natural do activismo militante. Comete um erro grave, todo aquele que, unido por laços mais ou menos comuns a nível ideológico e militante, transfere esse sentimento para o campo da amizade pessoal como que por automatismo. Insisto em que se podem criar amizades, sim! Mas não tem que ser necessariamente assim. E nunca por nunca, uma alteração no campo da amizade pessoal – ou amizade ilusória – pode afectar o combate que afinal é o objectivo no topo da hierarquia e que proporcionou esse relacionamento humano.

A amizade tem um modo próprio de ser alimentada e gerida e tem um ambiente próprio que se circunscreve na esfera do privado e social. Já a camaradagem, circunscrita que está a uma luta política, gere-se por códigos de conduta que se baseiam na solidariedade, disciplina face às regras e respeito pela hierarquia.

Um partido ou movimento não sendo grupos de amigos ou círculos sociais, juntam pessoas muito diversas em torno de uma luta comum que na realidade é o verdadeiro denominador comum e fim supremo. Quem partilha a mesma luta não tem por isso que colocar como condição dar-se bem com todos os demais, já que isso é pura utopia e absurdo. Não fora a luta comum e muitos dos seus agentes, ou mesmo a sua maioria, nunca criaria laços de amizade, já que têm diversos modos de agir, diversas sensibilidades, feitios, vivências e raízes.

Não obstante a diversidade entre os que estão lado a lado no combate, tem que imperar a Camaradagem, ou seja uma forte solidariedade entre todos os que pugnam por um fim partilhado. Esse respeito e Camaradagem tem que nortear sempre a nossa conduta, ainda que as pessoas não nutram especiais simpatias a nível pessoal, já que esse pertence à esfera da amizade.

A postura do militante Nacionalista deve levar a que tenhamos os olhos postos no combate pelo Nacionalismo e por Portugal e que façamos uma gestão adequada, madura e sensata do factor humano que o compõe, ou seja, daqueles que nos acompanham e que não nos cabe escolher. Simpatizemos ou não, tenhamos amizade ou não, temos que ombrear com uma grande diversidade de pessoas! Isso é incontornável, já que o que importa verdadeiramente, no caso concreto, é a luta por uma causa que deve ser una na Camaradagem, diversa na moldura humana, leal na conduta e em total respeito pela causa comum que, afinal, é aquilo que realmente importa!

José Pinto-Coelho 18 de Agosto de 2012

domingo, 5 de agosto de 2012

Apontamento semanal | 3 de Agosto

> PERSEGUIÇÃO POLÍTICA <

> É isto é a tal “liberdade” e “tolerância”? Alemã afastada por supostas ligações à extrema-direita. A remadora Nadja Drygalla, da Alemanha, deixou a aldeia olímpica de Londres, anunciou, esta sexta-feira o comité olímpico daquele país, após o nome do companheiro da atleta ter sido envolvido numa reportagem sobre a extrema-direita. Nadja Drygalla, que fez parte da tripulação germânica de shell de oito que falhou o apuramento para a final, optou por deixar a aldeia olímpica para não provocar mal-estar na comitiva.

Dá para acreditar?! Tantas campanhas sobre “Respect” mas quando se trata de Nacionalismo, até uma relação de namoro justifica a perseguição política.

Uma atleta que, como os demais, vive sobretudo para estes momentos de glória, vê o seu empenho e o sonho, deitados por água-abaixo devido a um ambiente de pura caça política a que não escapa sequer a um relacionamento. Será isto o tão propalado “Respect”?

Já há dias uma atleta grega se viu perseguida na sua liberdade de expressão por ter proferido inconveniências face aos cânones do mundialismo. É a sistemática caça a todos os que, directa ou indirectamente, ousam enfrentar a ordem mundial imposta. Teriam esses senhores do Comité Olímpico a coragem necessária para, ao menos, torcer o nariz à Coreia do Norte, à China ou aos países que fazem as suas atletas correr vestidas da cabeça aos pés?

> JUSTIÇA SOCIAL <

> Alastra a pobreza… O alerta é feito pelo presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza na Europa, Sérgio Aires. “(…) uma parte substancial da população portuguesa, mais de 50% provavelmente, está em situação de risco de pobreza ou em situação de grande vulnerabilidade, devido ao impacto da crise a partir de 2009”.
Sérgio Aires alerta ainda para o facto de a crise, a par das medidas de austeridade, estar a agravar a já difícil situação de crianças e idosos em Portugal: “Se a pobreza infantil e a dos idosos já era um problema bastante grave, actualmente é ainda mais grave”.

> … e alastra o desemprego. Número de inscritos nos centros de emprego em Portugal sobe 25% em Junho em termos homólogos. No final do mês de Junho eram assim 645.995 os desempregados inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional. Por regiões, o número de desempregados inscritos aumentou em todas elas, com destaque para os Açores e Alentejo, mas Lisboa e Vale do Tejo e Norte continuam a ser as regiões com mais inscritos.

> Mas há sempre as excepções… Os assessores dos gabinetes dos ministros que entraram ao serviço a 21 de Junho de 2011 receberam subsídio de férias no mês de Junho. A justificação dada para conceder esta prestação complementar deve-se, segundo o jornal, ao facto de, ao fim de seis meses, estes funcionários já terem adquirido o direito ao subsídio e a suspensão decretada pelo Orçamento do Estado, que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2012, “não tem efeitos retroactivos”.

> … para as pessoas do arco do poder. Presidente da RTP beneficia de regime de excepção no salário.

Como temos vindo a alertar há anos, as consequências de uma governação à vista e insensível, estão cada vez mais patentes: pobreza, desemprego, falência e um fosso crescente entre ricos e pobres e entre protegidos e desprotegidos.

A teimosia da persistência nos cortes e no atrofiamento económico, e as erradas políticas fiscais e laborais, por um lado, e a falta de um projecto que vise a aposta na produção nacional, por outro, só têm vindo a aumentar o desemprego e as falências. E com estes, a ameaça de pobreza que já aflige cerca de metade da nossa população.

Como se esses sinais não bastassem para nos assemelhar a um país de terceiro mundo, o fosso entre as pessoas encostadas à pobreza e os que estão cada vez mais ricos – muitas vezes beneficiando de economia paralela, favorecimentos e negócios ilícitos – não pára de se acentuar. E não são alheios a este estado de coisas os vergonhosos e sistemáticos regimes de excepção e favorecimentos que afectam sempre as pessoas ligadas à área do poder. É que o exemplo deveria vir de cima…

> CRIMINALIDADE <
> Porque não 50?… Uma jovem interceptada 42 vezes pela PSP nos últimos cinco meses por suspeitas da prática de crimes de furto a turistas em Lisboa ficou em prisão preventiva, informou hoje a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa. De acordo com informação disponibilizada na página da internet da PGDL, a jovem, de nacionalidade estrangeira, está fortemente indiciada pela prática de um crime de furto em transporte público, agravado pelas circunstâncias em que ocorreu e por esta prática constituir o seu modo de vida.

Quarenta e duas vezes apanhada para ser presa? É caso para perguntar porque não chegar a um número mais redondo… Mas afinal o que leva a que uma jovem, que faz do furto o seu modo de vida, possa estar incidir 41 vezes no crime e continuar em liberdade? Será por ser estrangeira? Será o eterno complexo de “xenofobia” e “racismo”? Afinal, ela está cá para fazer o “trabalho” que os portugueses não querem fazer, mostrando mais um benefício da imigração desregrada.

> ECONOMIA <

> EDP sempre a lucrar. «Tivemos uma subida nas renováveis, queda no Brasil e estabilidade na Ibéria. Neste semestre o forte crescimento nas renováveis é anulado pela queda no Brasil», sublinhou o presidente da EDP, António Mexia, em conferência de imprensa de apresentação dos resultados. A EDP fechou o primeiro semestre do ano com lucros de 582 milhões de euros, menos quatro por cento do que no mesmo período do ano passado, revelou a eléctrica em comunicado enviado ao regulador do mercado.

Em apenas seis meses e em cenário de grave crise económica. A pergunta, mais uma vez faz sentido: porque se privatiza uma empresa destas? É que além de dar lucro ao Estado, trata-se ainda de um sector vital, de importância estratégica para a nossa soberania e economia. (PNR)