segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Coimbra: Comerciantes da Baixa enfrentam a mais grave crise das últimas décadas


Os comerciantes da Baixa de Coimbra enfrentam a mais grave crise das últimas décadas, com quebra de vendas e encerramentos que acentuam a desertificação do centro histórico.

Para o PNR, a cidade é um espaço urbano onde deve coexistir a tradição e a modernidade; um espaço de convivência humana, sã e harmoniosa; um espaço onde confluem funções sociais, económicas e culturais. O comércio tradicional desempenha uma importante função dentro do espaço urbano pois, além de o humanizar, potencia a dinamização social, económica e cultural. O comércio tradicional é, pois, um elemento fundamental para o equilíbrio do espaço urbano, e, como tal, deve ser preservado.

As causas da crise que afecta o comércio tradicional

As causas que trouxeram a crise a este sector têm essencialmente a ver com a proliferação desregrada de grandes superfícies comerciais, fruto de lóbis financeiros poderosíssimos em coligação com os partidos do sistema (mais interessados no lucro e na expropriação do que no bem-estar dos cidadãos, dos pequenos comerciantes, e da sustentabilidade das nossas cidades).

Há ainda um outro problema nada despiciendo. Ao contrário dos restantes partidos políticos (que preferem fechar os olhos aos problemas reais), o PNR conhece bem as dificuldades que a invasão chinesa tem vindo a acrescentar aos já mais do que muitos problemas com que os comerciantes portugueses se defrontam diariamente: as lojas chinesas oferecem uma concorrência feroz e desleal! Recordamos que a China produz com recurso à exploração miserável dos seus trabalhadores, sujeitando-os a 14 e mais horas diárias de trabalho, em condições sub-humanas e com salários extremamente baixos; os estabelecimentos chineses vendem produtos de fraca qualidade e não oferecem quaisquer garantias aos consumidores. Por isso, conseguem vender a preços tão reduzidos. E, claro está, em tempo de crise os portugueses não têm muitas alternativas, sendo levados a optar pela baixa qualidade, a baixos preços.

Infelizmente, também os nossos industriais se têm visto aflitos para manter as fábricas em funcionamento, visto que não podem competir com a invasão chinesa. Entretanto, sucedem-se as falências e o desemprego.

Que fazem, então, os nossos (des)governantes? Rigorosamente nada! Pelo contrário, o PNR não tolera esta concorrência desleal que está a destruir o tecido económico português, pelo que exige que se tomem medidas correctivas de mercado que eliminem os privilégios escandalosos que os chineses encontram no nosso país.

Objectivos e propostas

O PNR, como Partido Nacionalista que é, e preocupado que está com todos os aspectos da vida da Nação, considera que lutar pela preservação do comércio tradicional é algo que se impõe! Impele-nos o receio de ver o comércio tradicional definitivamente esmagado pelas grandes superfícies comerciais e pela especulação imobiliária inerente (controlada por predadores de riqueza poderosos e sem escrúpulos); de ver o centro das nossas cidades transformados em desertos, onde só habitam o crime e a marginalidade; de herdar cidades profusamente edificadas por vetustos e devolutos, mas destituídas do seu importante carácter humano, social e cultural.

No concreto, o PNR propõe:

- fiscalização dos estabelecimentos estrangeiros e encerramento daqueles em que se prove haver irregularidades;

- taxas aduaneiras aos produtos provenientes da Ásia;

- baixa do IRC;

- melhoria das condições do centro da cidade, tornando-o mais acessível e apelativo (mais limpo, mais verde e com mais animação cultural);

- erradicação da criminalidade que tem alastrado no centro da cidade;

- fim à proliferação das grandes superfícies comerciais e sujeição às já existentes a um agravamento de impostos;

- controlo eficaz da especulação imobiliária;

- repovoamento do centro histórico da cidade.

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