sexta-feira, 11 de outubro de 2013
É fartar vilanagem
As águas subterrâneas que foram o principal argumento para inflacionar em 27 milhões de euros o custo do hospital são classificadas como "embuste" por ex-fiscal da obra.
O "Jornal de Notícias" escreve na sua edição de hoje que "a alegada existência de águas subterrâneas, que fez derrapar o custo do novo Hospital Pediátrico de Coimbra em muitos milhões de euros, foi uma "fraude", diz o ex-fiscal residente da obra. João Costa da Silva, que deixou aquelas funções depois de ser proibido de entrar na obra em 2008, põe em causa a argumentação que, em grande medida, permitiu ao consórcio construtor Somague/Bascol invocar custos imprevistos e cobrar cerca de 10 milhões de euros em contratos adicionais e alcançar uma indemnização de 16,7 milhões de euros em acção arbitral ganha à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). Ou seja, uma facturação de cerca de 27 milhões".
Segundo o jornal, "a tese da existência de uma linha de água no subsolo do hospital, mas também de rocha que viria a justificar o uso imprevisto de explosivos nas escavações dos terrenos, é contestada no relatório de João Costa que, em 2011, levou a Inspecção Geral de Actividades em Saúde (IGASS) a abrir uma investigação. O documento revela que foram detectados defeitos no edifício por erros de construção e troca de materiais, que implicarão obras urgentes, de cinco milhões de euros, e obras profundas, que deverão levar a ARSC a reclamar uma indemnização de 20 milhões de euros ao empreiteiro. Razões pelas quais a Polícia Judiciária está a investigar o caso, por burla. A questão da água subterrânea também consta no relatório com sendo uma fraude e uma vistoria ao local feita pelo IGAS afirma que em 46 furos feitos no terreno não foi detectada água no subsolo".
Uma obra tipo 25 de Abril, onde podemos encontrar desleixo e suspeitas de toda a ordem.
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