segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Um metro chamado desejo


O projecto do Metro Mondego já tem bardas e tem vindo constantemente a sofrer adiamentos e modificação. Já ser viu no entanto para colocar na direcção da empresa alguns boys.
Em Portugal primeiro faz-se uma manifestação porque queremos um comboio, uma estrada uma escola, depois contesta-se o traçado ou a localização e por fim com a obra a meio descobre-se que estão a destruir uma área protegido ou de valor histórico e lá volta o folclore mediático para a rua. Um governo fraco, uma administração incompetente e a política de terra queimada são responsáveis por muitos atrasos em obres fundamentais para o desenvolvimento do nosso país.
A primeira contestação ao traçado do Metro partiu da população de Serpins, o projecto da obra previa que o itinerário acaba-se na Lousã deixando de fora esta população do concelho só para poupar meia dúzia de tostões. O comboio chega a Serpins o Metro que promete progresso deixa de fora, quem sempre se serviu do comboio. As Câmaras da Lousã e de Miranda do Corvo sempre foram favoráveis ao traçado na sua totalidade e a obra só não foi para á frente por que a Câmara Vodka laranja de Coimbra, queria Serpins fora do mapa. Esta polémica impediu que se desse início aos trabalhos e com o governo PS o Metro foi metido na gaveta, mas os boys continuaram no poleiro.
Alguns cidadãos dos concelhos servidos pelo Metro, já se organizaram e têm vindo a protestar e a contestar certos aspectos do projecto.
Também no Bairro da Solum, se têm ouvido algumas críticas e contestação a alguns aspectos do planeamento.
Neste particular é difícil descortinar onde começam ou acabam, os bairrismos, os comodismos ou o aproveitamento político.
Esta obra estrutural e estruturante para a região, exige sacrifícios de todos e a postura de estado que nos obriga a servir o geral mas tendo em conta o particular.
Um projecto que servia três concelhos foi dividido em dois.
Estaremos atentos a esta questão pondo o interesse das populações acima do oportunismo político.

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