terça-feira, 8 de junho de 2010

Do Presidente aos Nacionalistas | Junho de 2010


Aproxima-se o 10 de Junho, Dia de Portugal, e nesta ocasião, mais que nunca, por contraste com o actual momento, lembramos as páginas gloriosas da nossa História e os feitos heróicos de tantos e tantos portugueses que fundaram e erigiram a nossa Nação. Lembramos reconhecidamente os nossos heróis, santos e mártires. A eles devemos uma Nação com quase nove séculos de História. Eles, os grandes Portugueses, inspiram-nos e reclamam de nós o nosso esforço e entrega para continuar e engrandecer Portugal.

Hoje, contudo, vivemos um momento negro da nossa História. Esta é uma hora grave, negra, de desnorte, de falta de referências, valores e objectivos

Se a construção e engrandecimento da Pátria teve os seus autores e construtores, muitos dos quais bem identificados, também o caos actual e a presente destruição tem os seus responsáveis. E nós identificamo-los!

Ainda não teremos batido no fundo, pois este, tal como o horizonte, ao ser aparentemente atingido revela sempre um novo limite e nunca se alcança de facto. O fundo absoluto não existe porque é sempre possível ir bem mais fundo que a nossa mais refinada imaginação. Mas a verdade é que já descemos muito fundo e tudo indica que a queda (livre) não vai parar. Nem poderá parar, uma vez que os tais responsáveis, obreiros da destruição, continuam à frente dos descaminhos nacionais. Não é seguramente nesses medíocres que encontraremos quaisquer soluções.

Da falência económica à falência dos valores, o panorama é desolador. Estamos num país que navega à vista (e mal) por mares cada vez mais revoltos, entregues ao acaso, às contingências e sem Objectivos Nacionais.

Aos problemas económicos, respondem os responsáveis com injustiças sociais e com corrupção, aos problemas educacionais, com um facilitismo cada vez estupidificante, aos problemas sociais, com leis e soluções aberrantes… Estamos à deriva: sem norte, sem eira nem beira.

Os governantes, donos do sistema, têm-nos roubado tudo. Têm-nos roubado os anéis e até os dedos. Mas nunca nos poderão roubar a vontade, a coragem, a entrega e, fruto destas, a esperança.

Mesmo imersos na ditadura do relativismo nos valores, do politicamente correcto no pensamento e do igualitarismo na acção; mesmo ameaçados pela perda de soberania e por novas formas de escravidão; mesmo confrontados com a apatia da maioria das pessoas, neste grande encolher de ombros colectivo, resignado, sujeito a tudo e sem reacção; mesmo assim, haverá sempre um punhado de Verdadeiros Portugueses que não desiste, que acredita na sua determinação e que sonha um futuro possível de glória, de mudança e esperança. Esses, sendo embora uma minoria, são aquela minoria determinada e irredutível que, tal como os nossos antepassados, será capaz de fazer a História, porque sabe escrevê-la com sangue, suor e lágrimas, convertendo-se, com esse exemplo, de minoria em maioria verdadeiramente mobilizadora. Esses, somos só nós, os Nacionalistas! Somos nós que temos entre mãos a dura missão de responder à afundação nacional com uma autêntica refundação nacional.

Perante um povo narcotizado e apático que já pouco ou nada espera, não basta agir-se e pensar-se com discursos de bota abaixo, de oposição, de crítica e pessimismo. Não é com vinagre que se apanham moscas…

A nossa conduta tem que ser cada vez mais a de um trabalho duro, aturado, constante e paciente, mas que aponte caminhos e objectivos. A seu tempo os frutos virão. Aliás, já têm vindo, pois hoje somos uma realidade, sólida e incontornável, apenas sonhada há anos atrás... Temos sim, que ser verdadeiros guerreiros contra este estado de coisas e seus responsáveis, mas apontando um caminho que atraia e mobilize. Temos que apresentar uma alternativa, apresentando-nos como a Verdadeira Alternativa.

Cabe-nos a nós, Nacionalistas, que amamos a nossa Nação, lutar sem tréguas na denúncia dos podres, no combate aos traidores, na resistência à destruição nacional. Mas também, lutar sem tréguas na invenção de novos caminhos, na criação de alternativas, na reconstrução nacional.

Temos que levar ao povo o exemplo de tenacidade e coerência, de constância e crença. Temos que trazer a “Espada” numa mão, para frontal e corajosamente enfrentar aqueles que nos destroem e correr com eles, mas também a “Chama” na outra mão, para mostrar aos portugueses que há um caminho, um horizonte e um desígnio nacional. Numa palavra: somos a grande Alternativa! Não dizemos não, por dizer, por oposição ou para ser do contra. Dizemos não!, aos actuais (des)caminhos e aos seus mentores, que nos estão a levar claramente ao abismo, para poder dizer sim! à única Alternativa que reerga Portugal.

Essa Alternativa é o Nacionalismo!
E ela só é possível com o PNR, e mais nada!
Por Portugal, e mais nada!

José Pinto-Coelho | 7 de Junho de 2010

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