sábado, 13 de junho de 2009

A saúde é um direito não é um negócio


A extensão de saúde do Seixo, no concelho de Mira, funciona desde 12 de Janeiro de 1987 em instalações construídas «com a boa vontade e o apoio financeiro da população» e, desde sempre teve em regime de permanência e a tempo integral, pelo menos um médico de família e um enfermeiro. Durante muitos anos teve ainda um segundo médico a meio tempo para a prestação de melhores e mais eficazes cuidados de saúde à população.

Em inícios de 2009, tendo o médico de família do Seixo ido exercer funções para outro local, a extensão de saúde ficou, até meados de Abril, sem médico, «obrigando os cerca de 2.000 utentes a terem de se descolar a Mira para assistência médica com os significativos custos de tempo e de viagem, sobretudo para os idosos que têm de se deslocar de táxi».

Durante este período, a Junta de Freguesia levou a efeito «significativas obras de beneficiação que remodelaram todo o interior da extensão de saúde» ficando o equipamento com excelentes condições de atendimento aos doentes e de trabalho para os médicos e restante pessoal. As obras de beneficiação realizadas procuraram «ser mais um impulso para a vinda do médico, demonstrando que o Seixo tudo continuará a fazer para garantir aquilo que a população merece neste campo»: um médico de família, como sempre teve nos últimos 25 anos.

Em meados de Abril, «quando se pensava que a situação ficaria revolvida como prometido», está apenas assegurada uma espécie de “sistema de urgências,” uma ou duas vezes por semana, obrigando as pessoas como há cerca de 20 anos, a deslocarem-se para a extensão de saúde com horas de antecedência para conseguirem uma consulta. «Isto é uma deficiente prestação de cuidados de saúde à população, em particular aos mais desprotegidos como os idosos e os doentes crónicos, e os activos que fazem os seus descontos mas não conseguem usufruir do Serviço Nacional de Saúde», sublinha o documento, concluindo que dos vários contactos já estabelecidos «é sempre prometida a resolução rápida da situação mas, até agora nada mudou».

Agora e através de um petição o povo do Seixo exige que à extensão de saúde seja atribuído pelo menos um medico.
De boas intenções está o inferno cheio e como sabemos que este governo e as administrações que nomeia não têm nenhum respeito pelas mais básicas necessidades em termos de saúde, tememos que as promessas mais uma vez não sejam cumpridas.

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