quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Povo unido jamais será vencido


Paralisação dos autocarros em vésperas de Natal “arruína negócio” no Mercado
D. Pedro V. Comerciantes estão apreensivos e sugerem outras formas de luta.
Goreti Paixão, vendedora de peixe, chega mesmo a sugerir que, em vez de pararem os autocarros, os motoristas os ponham na rua, «mas com toda a gente a circular sem pagar».
«Têm os autocarros parados, não têm de pagar combustível. Os motoristas estão de greve, não têm de lhes pagar. E já lá têm o dinheiro dos passes e das senhas. Eles que deixem as pessoas andarem nos autocarros à borla durante essa semana. Isso é que era greve», remata Maria Conceição Francisco. Uma sugestão apoiada por quase todos os presentes.
Este tipo de greve já foi tentado em Coimbra, com bons resultados. Para além de pressionar a entidade patronal, não prejudica quem necessita dos transportes públicos e combate a ideia de que as greves são uma forma de evitar trabalhar.
Percebendo a justa luta dos trabalhadores, não deixamos de estar solidários com os vendedores do Mercado Pedro V, já tão prejudicados pelas grandes superfícies que não param de crescer em Coimbra e que afinal não são alternativa nem em preço nem em qualidade.
Do povo para o povo de trabalhador para trabalhador a solidariedade não deve ser uma mera palavra usada hipocritamente.

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