O Bloco de Esquerda e o partido Os verdes, organização satélite do PCP, vieram propor a discussão do «casamento» lésbico, gay, bissexual e transsexual (LGBT), tendo ficado agendado para Outubro o respectivo debate na Assembleia da República.
O «casamento homossexual», como lhe chamam, é assunto há muito previsto na agenda PS e que já tinha sido objecto de afirmações dos seus dirigentes confirmando essa discussão para a próxima legislatura, ou seja depois das eleições de 2009. Acreditamos que nessa altura, e se nada mudar até lá, todos os partidos do sistema que agora fazem alarido com a questão vão deixar passar essa proposta.
Lembramos que o PSD e o CDS, que agora fingem ser contra essa medida, aprovaram a alteração do artigo 13º, nº 2, da Constituição da República Portuguesa. Essa alteração incluiu naquele artigo a proibição de discriminação com base na orientação sexual, abrindo portas não só à aprovação do «casamento gay» como à consequente adopção de crianças.
O PNR, que não tem pejo em declarar-se frontalmente contra essa deturpação da instituição do casamento, e clara afronta à célula base da comunidade, que é a família, considera uma manobra de diversão trazer esta discussão nesta altura. O Governo devia estar a responder pelo aumento do desemprego e da criminalidade, que não desapareceu por arte e magia, numa altura em que se adivinha um forte agravamento da crise económica.
Lamentamos que a actual oposição no Parlamento, que não serve os interesses dos portugueses, não saiba estar à altura desses imperativos e que venha participar no circo gay-mediático montado para desviar as atenções dos portugueses daquilo que é, neste momento, realmente importante.(PNR)
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