terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Novo posto médico abre com mobiliário “do século passado”
Almalaguês recebeu com indignação o posto médico que esperava há 25 anos
A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) abriu ao público o novo Posto Médico de Almalaguês, concretizando assim uma aspiração da população com 25 anos. Desde ontem, a freguesia passa a dispor de um edifício novo, construído de raiz, para acolher os seus cerca de quatro mil habitantes, mas o que devia ser um momento de alegria pela realização de um sonho transformou-se num motivo de indignação.
«Nem um surrealista tinha capacidade de pintar um quadro daqueles», desabafou ao Diário de Coimbra o presidente da Junta, ainda sem acreditar como é que a ARSC abriu as portas de um edifício «novo, construído de raiz, uma aspiração de tantos anos, tão desejado por todos e construído com um esforço enorme», “decorando-o” com um mobiliário «velho, ferrugento, degradado e usado», proveniente do Centro de Saúde de Santa Clara (de onde o novo posto é extensão).
Esperançado que se trate de uma «situação provisória» e que, em breve, o novo posto venha a dispor de equipamento «adequado», Vítor Costa não conseguiu deixar de criticar a atitude da ARSC, considerando-a «uma injustiça social» para com a população da sua freguesia que já passou os últimos anos a ser atendida numa cave de uma casa particular, sem o mínimo de condições e, muitos deles, viram-se obrigados a procurar outros centros de saúde, por não se considerarem bem atendidos na sua freguesia.
«Se calhar este é o retrato da forma como se tem tratado a população de Almalaguês nos últimos 20 anos», desabafou o autarca, considerando o episódio registado ontem como «a cereja em cima do bolo» da história de um equipamento recheado de entraves, avanços, recuos, peripécias e resolvido com «muita criatividade» por parte da Junta de Freguesia.
«Não tem sido fácil», continuou Vítor Costa, recordando que 1984 foi o ano em que se falou em Almalaguês num posto médico pela primeira vez, mas que só 13 anos depois este começou a funcionar, na cave da tal casa particular onde permaneceu até agora.
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