terça-feira, 24 de março de 2009
Os ricos que paguem a crise
Há três semanas que os cerca de 60 trabalhadores da fábrica de têxteis Fapsur, localizada na freguesia de Samuel, Soure, aguardam que os patrões apareçam. Não receberam metade do salário de Fevereiro e temem pelo de Março. Entretanto, a administração pediu a insolvência da unidade e foram cortados a electricidade e as telecomunicações. Mergulhada na crise, a empresa deve vários milhões de euros aos credores, o principal dos quais é o Estado.
Já se tornou um lugar comum, vermos noticias deste género. Se por um lado o Estado está mais interessado em ajudar o capital improdutivo e usurário e pouco se importa com as pequenas e medias empresas, também não é menos verdade que muitos empresários corruptos estão a utilizar e a servir-se da crise para fechar empresas, que vão abrir noutra esquina, agora livre de dividas que muitas vezes eles próprios criaram, devido a gestão danosa.
No meio disto tudo quem sofre, quem passa fome são os empregados. Os trabalhadores é que estão pagar a crise, é este o socialismo do governo é esta justiça social do sistema.
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