quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CANTANHEDE - Funcionários julgados por fraude e falsificação


Quatro funcionários da Escola Técnico Profissional de Cantanhede (ETPC) - duas professoras, a directora pedagógica e director financeiro -, começaram ontem a ser julgados pelo Tribunal de Cantanhede, acusados da prática de um crime em co-autoria de fraude de obtenção de subsídio, sendo imputado à directora pedagógica ainda um crime de falsificação de documentos. Os factos que levaram à investigação dos alegados crimes remontam a 2005, altura em que a ETPC apresentou uma candidatura ao POEFDS – Programa Operacional de Emprego e Formação Profissional para a obtenção de subsídios comunitários e da Segurança Social para a realização de cinco cursos de várias áreas, ministrados em cerca de 10 acções de formação a 120 formandos. Candidatura aprovada com base na realização dos referidos cursos, que, alegadamente e de acordo com a acusação, não foram frequentados por uma grande parte dos formandos, nem os formadores eram externos à ETPC, como seria estipulado pelo POEFDS.
Algum do lixo que o poder em Cantanhede consegue meter debaixo do tapete, veio agora a lume. Pena a investigação não ter sido mais profunda.
Sabemos no entanto a forma como o sistema lida com a corrupção, pelo que culpados ou não a sentença vai ser a mesma. Sabemos também que a despenalização do crime de colarinhos branco deu azo a que toda a outra criminalidade fosse despenalizada, deu azo a que neste momento o país esteja incontrolado e que o crime cresça e floresça. Nenhum partido com acento parlamentar está isento de culpas, nem o CDS que agora em período de campanha eleitoral vem hipocritamente, fazer um sinal contrario.

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