quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Fantasma do desemprego paira sobre o Distrito de Coimbra


Depois do fecho anunciado da Marcopolo, segue-se agora o da Real Cerâmica e da Poceram. Se o distrito já tinha pouca oferta de emprego, com o encerramento destas três unidades fabris o cenário fica agora muito mais negro.
Na Marcopolo ainda existe uma réstia de esperança, embora sejam sempre duvidosas as boas intenções do capital internacional, sobretudo quando exige contrapartidas imediatas. As outras fábricas já consumaram dramaticamente o encerramento.
O sistema vira sempre os seus lindos olhos para o capital financeiro. Mas encara as pequenas e médias empresas sob as palas da indiferença, pouco se importando com o desemprego e o encerramento - em série - de unidades de produção.
Sabemos que alguns empresários se aproveitam da crise e encerram agora aqui para acabar por abrir as mesmas fábricas uns "metros" mais longe... O braço da lei não devia ter contemplações com esses. No entanto, muitos outros, vítimas da crise internacional e das leis apátridas da EU, deviam ser indiscutivelmente apoiados. O tecido empresarial português agoniza sem protecção e o grande capital apátrida, que se instalou no nosso país para sugar o sangue e que só se mantêm enquanto não decide rumar a novas paragens - as que lhe proporcionarem, apenas, mais lucros.
No fim quem mais perde e sofre são os trabalhadores, que ficam sem o emprego e nem chegam a ver a mão do Estado. Os subsídios que agora faziam mais falta já foram desperdiçados a ajudar quem não produz nem é português!
Manifestamos mais uma vez o nosso protesto contra a hipocrisia do sistema, contra um país onde alguns são mais iguais que outros.

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