segunda-feira, 30 de novembro de 2009
O Grande Capital não tem Pátria
A maioria dos 180 trabalhadores da Marcopolo, em Coimbra, que parou a laboração em Setembro, cessa hoje os vínculos com a empresa, podendo recorrer ao subsídio de desemprego.
A fábrica de carroçarias de autocarro, que integrava o grupo brasileiro Marcopolo, laborava em Eiras, tendo fechado as portas em Agosto e desmantelado depois os principais equipamentos da produção.
Os trabalhadores com menos anos de serviço cessaram os contratos em 30 de Setembro, enquanto os restantes, «que são o grosso da coluna», só hoje perdem o vínculo legal que têm à Marcopolo, confirmaram ontem fontes sindicais.
«A Marcopolo retirou da fábrica as coisas mais importantes. Foram vendidas ou transportadas para a Turquia».
É este capital apátrida que depois de nos roer a carne e os ossos ruma a novas paragens para voltar a fazer o mesmo. Para trás fica sempre desemprego, falências de outras unidades e prejuízos para a economia local. Mas é este capital que o sistema teima em ajudar, a quem dá todas as benesses e subsídios.
Para os trabalhadores da Marcopolo, toda a nossa solidariedade, com um convite para se juntarem aos nacionalistas, os únicos com coragem para combater estes vampiros de que agora foram vitimas.
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