quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Mudar de Rumo
A solução para o Banco Privado Português (BPP), de João Rendeiro, poderá ontem ter sido encontrada. O Banco de Portugal (BdP) deverá assumir provisoriamente o controlo da gestão da instituição, num modelo em que também alguns bancos privados deverão participar da solução, apurou o Diário Económico. A ajuda destes últimos deverá vir não através da entrada no capital mas da cedência de liquidez.
Nunca o grande capital viveu tempos tão felizes e promissores, se a vida lhes corre bem os lucros crescem de maneira vergonhosa como podemos contactar nos últimos anos, se o negócio vai mal, o sistema com o dinheiro de todos nós une-se para os salvar.
O BPP é um banco especial, dedica-se a negócios com grandes somas de dinheiro. Se um de nós entrar neste banco com a um quantia de 50 000 ou mesmo 100000 para aplicar, provavelmente volta pelo mesmo caminho pois a quantia é insuficiente para ser cliente. O capital depositado neste banco não é produtivo, são valores que os grandes capitalistas retiram dos seus lucros e que entregam ao banco para os aumentar. Queremos dizer com isto que caso o banco fosse à falência, nenhuma fabrica iria à falência, nenhuma empresa teria problemas, nem nenhum trabalhador teria o seu emprego em risco. O único mal que dai deviria seria menos dinheiro no bolso daqueles que já muito têm.
Para continuar o nosso raciocínio lembrem-se que o governo garantiu que os nossos depósitos nos bancos estariam à partida garantidos, mas não o ofereceu nenhuma garantia no que toca a pequenos e médios investimentos que muitos portugueses fizerem, muitas vezes seduzidos pelo agressivo marketing bancário. No entanto para salvar os grandes investidores, toda a máquina do BP não parou até encontrar uma solução.
É bom que os portugueses vão vendo e se vão apercebendo, de todas as manobras de protecção que o sistema dá ao grande capital. Quando chegar as eleições vão tentar comprar o voto com promessas de justiça social, quando estiveram sentados na cadeira do poder, vão sofrer de uma súbita amnésia que só terá cura no próximo processo eleitoral.
Não acha que já é tempo de mudar de rumo.
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