domingo, 28 de setembro de 2008

Falta de auxiliares de acção educativa continua a motivar protestos em Coimbra

A Escola do 1.o Ciclo do Ensino Básico de Almedina foi ontem encerrada a cadeado.
Os pais e encarregados de educação alegam insegurança devido ao número insuficiente de auxiliares de acção educativa, pelo que, ontem, ao início da manhã, garantiam que as crianças não voltariam às aulas até ser encontrada uma solução.
O estabelecimento de ensino tem cerca de 60 crianças e mais algumas com necessidades educativas especiais, contando actualmente com duas auxiliares.
De acordo com Conceição Ramos, mãe de um aluno, uma das senhoras tem de dar apoio aos alunos com problemas, enquanto os restantes ficam ao encargo da outra funcionária, que não consegue evitar que, por vezes, as crianças abram os portões e venham para a rua.
Recorde-se que o decreto-lei n.o 144/2008, de 28 de Julho, indica duas auxiliares para um número de alunos entre 48 e 96, acrescido de mais um funcionário de apoio especializado.
Os pais estão preocupados e exigem medidas urgentes, caso contrário mantêm a escola fechada por tempo indeterminado, uma decisão que surgiu numa reunião realizada quinta-feira à noite, depois de pedidos enviados para a Câmara Municipal e para a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), de onde não nos foi possível obter esclarecimentos.
Oliveira Alves, director do Gabinete de Desenvolvimento Humano e Social da Câmara Municipal de Coimbra, foi apanhado de surpresa pela manifestação, uma das várias que têm surgido neste início de ano lectivo devido à falta de auxiliares.
Recorde-se que Oliveira Alves está a proceder ao levantamento do número de auxiliares que faltam nas escolas do concelho, tendo recebido da parte da Equipa de Apoio às Escolas da DREC a garantia de que as necessidades das escolas do 1.oº ciclo seriam atendidas.O protesto de ontem não interferiu com o normal funcionamento do Jardim-de-Infância de Almedina, que partilha as instalações com a escola do 1.º ciclo. Ao longo da tarde, o Diário de Coimbra tentou, por várias vezes, contactar com Conceição Ramos, no sentido de apurar se tinha sido apresentada aos pais alguma solução, no entanto, os esforços revelaram-se infrutíferos, pelo que não foi possível apurar se a escola se vai manter encerrada no início da próxima semana. (DC)

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