sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Tribunal Constitucional protege a banca em detrimento dos ex-trabalhadores da Estaco

Os 400 ex-trabalhadores e reformados da Cerâmicas Estaco, encerrada há sete anos em Coimbra, exigiram hoje das entidades oficiais respostas urgentes para que possam receber os 6,5 milhões de euros de indemnizações a que dizem ter direito.

Reunidos em plenário, os antigos operários decidiram solicitar audiências ao Presidente da República, Provedor de Justiça, primeiro-ministro, Comissão de Trabalho e Grupos Parlamentares da Assembleia da República, Procurador-Geral da República e ministro do Trabalho e da Solidariedade Social.

"Andamos há vários anos a tentar resolver o problema, estamos a precisar do dinheiro, há 40 famílias a passar dificuldades, sem nada receber", disse Jorge Vicente, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Cimentos, Construção, Madeiras, Mármores e Similares da Região Centro.

Os ex-trabalhadores "já deixaram de receber o subsídio de desemprego e o subsídio social de desemprego, a grande maioria não tem outros meios de subsistência", refere uma moção aprovada em plenário, acrescentando que "lutam pelas indemnizações a que têm direito".

Os ex-operários questionam também a actuação do Tribunal Constitucional, que, na apreciação de um recurso graduou "o capital financeiro (com interesses nos terrenos da empresa)" como credor "privilegiado em detrimento dos trabalhadores, reformados e Segurança Social". (Fonte)

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